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domingo, 1 de abril de 2018

Crónica de Maus Costumes 2




            E se o que se entende por normalidade for, afinal, contracorrente?! Olho para a minha vida e vejo normalidade. Aquela da velha guarda, pacífica e boa, sabem como é?! E gosto. Gosto da pacatez da minha vida. Amo o meu marido, amo os meus filhos, gosto da minha casa e dos meus familiares. Não deveria ser assim?! Eu cresci assim, acho que só sei viver assim! E reafirmo: Gosto mesmo muito desta monotonia! Gosto das férias que vou gozando, sempre em família, dos jantares em família, muitas vezes alargada, também dos momentos passados com amigos…
Enfim, gosto da tranquilidade desta aborrecida normalidade!
Quando olho para o lado ou ouço o que me contam, o meu espírito estremece, porque a normalidade que deveria ser tão normal quanto a nossa sede, é no fim de contas uma quimera e eu, uma das felizardas com ela abençoada. Há mais gente assim, que eu conheço. Um grupo restrito de amigos é assim. A minha família é assim! Não vivo disputas insanáveis com familiares, entendo-me muito bem com o meu parceiro de vida, gosto genuinamente da minha família e dou-me muito bem com os meus irmãos e cunhados! Se precisarmos uns dos outros, estamos lá, em família!
Subitamente, sinto-me um extraterrestre! Afinal, a minha normalidade pode parecer esquisita aos outros e eu fico sem saber se sou uma felizarda aleatória ou se a nossa conduta (minha e da família) nos permite esta saborosa realidade!
Seja como for, que me perdoem os que assim não vivem, mas gosto de ser normal!

Nina M.




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