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domingo, 1 de abril de 2018

Crónica de Maus Costumes 27



É dia do pai. Hoje, os filhos prestam homenagem aos pais e eu presto ao meu, que é o melhor pai do mundo. Sei que não falta quem reclame o mesmo epíteto para o seu progenitor e bem, pois salvo raras exceções, os pais são os heróis dos filhos.
Ao meu, agradeço o dom da vida e a pessoa que sou. O meu pai ensinou-me a andar de bicicleta, contou-me histórias (invariavelmente a mesma, por ele inventada: a famosa história do cão-lobeiro, que se tornou um herói, ao defender o rebanho do ataque insidioso do lobo. No final, o dono premiava-o com um verdadeiro manjar – arroz com feijão – que o canídeo devorava satisfeitíssimo. Às vezes, a ementa mudava e o arroz passava a massa. Nós, filhos, ouvintes atentos, tratávamos logo de corrigir o pormenor para que tudo ficasse em conformidade. O mais curioso é que os cães nem gostam de feijões, mas esse pormenor não interessava para nada!), levou-me a passear e ensinou-me o valor da dignidade, da justiça, da generosidade e o sentido de família.
Na realidade, consciente ou inconscientemente, os exemplos com os quais vamos convivendo moldam a nossa personalidade e influenciam as nossas escolhas. O meu pai sempre foi um homem de família. Talvez por isso, o homem que escolhi para marido é um pai de família e não concebo a vida comum de outra forma.
O meu pai não se ausentava para o café, no fim da refeição, sem a esposa e os filhos. Se saía, a mulher e os filhos acompanhavam-no. Mesmo na bola. A mãe não entrava no estádio, permanecia nas imediações na companhia de outras mulheres, mas eu vi muitos jogos do Paços de Ferreira, na companhia do meu pai.
O meu pai sempre se preocupou em proporcionar o melhor aos filhos, com o seu esforço e trabalho, abdicando, se necessário, dos seus pequenos prazeres em prol das suas crias.
O meu pai ensinou-me o valor do trabalho e da honestidade, pois sempre foi um homem honrado e de palavra.
O meu pai está sempre presente na vida dos filhos, muitas vezes, antecipando as suas necessidades.
Por tudo o que já foi descrito e pelo porvir,
Obrigada, PAI!
Nina M.

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