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domingo, 1 de abril de 2018

Crónica de Maus Costumes 50



 Sinto dificuldade em encontrar tema para hoje. Talvez seja culpa do número redondo da crónica e talvez porque esteja em apuros para escrever, o tema possa ser esse. Nem sempre a vida nos sorri e nos presenteia. Por vezes, mais do que aquelas que desejaríamos, esbarramos com situações complexas que esmorecem os nossos ímpetos e nos atiram para um lugar recôndito da alma, onde nos é difícil reconhecermo-nos a nós próprios. Deixamo-nos acorrentar pelas vicissitudes e pelos desafios que nos parecem insuperáveis e desfalecemos, ficamos prisioneiros de uma letargia maléfica que dificulta a nossa reação. Já todos o sentimos. Já todos o experienciamos uma ou outra vez na caminhada da vida. A solução para o problema passa pela resiliência, fundamental para a superação dos problemas. Não é fácil. Nunca será, mas a reação é a condição obrigatória à sobrevivência.
Li, a propósito do tema, os conselhos deixados pelo papa Francisco. Dizia ele que é fundamental que o Homem não se deixe abater pelas dificuldades e que para recuperar a paz perdida é necessário que, em primeiro lugar, analisemos como podemos combater o problema, no sentido de o erradicar; se tal não for possível, teremos que aprender a conviver com ele para o poder superar.
 De facto, a bem da nossa sanidade, parece-me que não nos resta outra solução. Ou por outras palavras: “se a vida nos dá limões, façamos limonada”. Não é fácil, mas é imperioso que consigamos retirar aspetos positivos do que de mal nos vai acontecendo para vivermos melhor connosco próprios e com os outros. Precisamos de aprender e cultivar o otimismo. Precisamos de esquecer a autocomiseração para sermos capazes de reagir e viver o melhor possível perante a adversidade. Não é fácil, sabemo-lo, mas que outra atitude podemos ter?
As agruras da vida, ainda que desagradáveis também são importantes, porquanto nos ensinam a valorizar as pequenas coisas que verdadeiramente importam, nos fazem felizes e não sabemos.
Nina M.

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