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sexta-feira, 27 de abril de 2018
Quando um dia eu for velhinha
Quando um dia eu for velhinha
De mãos e rosto sulcados
Pelas rugas e cansaços
Trarei rosas brancas no regaço
O Passado florirá nos lábios
Num sereno e terno sorriso
Tu enlaçar-me-ás as mãos
Como no primeiro dia
E fixarás num momento a eternidade
Não exaltarás a pele flácida e vazia
Nem os olhos gastos pelo tempo
Não quererás colher de mim
A seiva bruta do meu corpo
Nem beijos ardentes na aurora
Desejarás tão somente estar presente
No meu pensamento pela vida fora
Sonharás veemente a minha alma toda
Se te fere a sensibilidade sibilina
Não escutes
Mas vem e senta-te a meu lado
E em silêncio contempla-me enlevado
Nina M.
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