Nas
palavras do Miguel Araújo, o Homem é
feio, lixo e um animal, apenas os maridos das outras são o arquétipo da
perfeição. Veja-se o que se faz ao marido: dá-se-lhe cabo da autoestima! Por
favor, meninas, deixem de estabelecer comparações entre o vosso marido e o das
outras, sob pena de os vossos perderem a sua autoconfiança. Não há nada pior do
que um homem inseguro!
Há dois tipos
de homens engraçados e diametralmente opostos que observo e que me fazem sorrir
com algum deleite: o tímido adorável e o atrevido com classe e charmoso.
O
primeiro, mais cauteloso e tímido, só se revela quando se lhe inspira a quase
certeza de que não se exporá ao ridículo. Não significa que não seja
determinado e que não lute pelos seus propósitos, porém, fá-lo com maior
lentidão, como quem se quer deslocar sem pressa, mas bem. A pressa é inimiga da
perfeição, a sabedoria popular não engana, e este espécime não se deixa levar
por devaneios pueris, mas guia-se pela sensatez que tanto preza e o livra de
situações embaraçosas e pouco aconselháveis. O relacionamento com um tímido é
feito de segurança e de proteção. Ele vai-se instalando devagarinho, de
mansinho conquista o seu espaço no pensamento feminino que, quando dá por si,
sente uma vontade inexplicável de o mimar. O tímido pertence ao grupo dos
fofinhos, a quem se gosta de apertar as bochechas e repenicar-lhes umas
beijocas. Tenha-se, porém, o devido cuidado, pois “nem os tímidos resistem ao
amor”.
Já
o ousado charmoso é outro departamento! Com tendência a comportar-se como o
verdadeiro macho-alfa, gosta da arte de sedução. Quando tem classe, torna-se
num sedutor nato, a quem é difícil resistir. Não sabe ele que quando seduz uma
mulher é tão-somente porque ela já tinha decidido que se deixaria seduzir e,
assim, nesta ignorância, cresce-lhe o peito, ufano do seu triunfo. Porém, às
vezes, entre o atrevimento com classe e o atrevimento brejeiro, a linha é
ténue, logo, se a estratégia não for a mais adequada, corre o risco de cair em
desgraça e perder a graça toda! Este género de homem é perigoso, pois gosta
mais do jogo e da arte de seduzir do que do objeto da suas investidas. É uma
forma de pôr à prova a sua sensualidade, pelo que se recomenda alguma cautela,
já que pode desinteressar-se rapidamente, assim que os níveis de adrenalina
baixarem por ter alcançado o seu objetivo. Se porventura este homem se vir
enredado nas malhas da paixão, então, o arrebatamento e a vertigem estão
garantidos.
A
longo prazo, os tímidos adoráveis dão menos trabalho. São mais estáveis emocionalmente.
Os galanteadores de pé de chinelo assustam-se com a responsabilidade, talvez,
por isso, já tenha lido algures, mas não sei precisar onde, que a mulher deve
escolher para casar um homem tímido e feio, já que desta forma poupará uma
série de aborrecimentos. Eu arranjei um tímido, mas não tão feio assim…
Nina M.
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