Depois das últimas notícias, após ouvir
ou ler as declarações do ex-prisioneiro mais famoso deste país, o número 44,
concluo que, certamente, na mente doente e desavergonhada desse senhor, todo o
português se deveria interrogar: “Quem tramou José Sócrates?!”
O senhor
engenheiro quer pôr os portugueses a fazer uma enorme engenharia mental para
que estes acreditem na suposta maior cabala da história da política portuguesa.
Isto porque o senhor jura a pés juntos que nunca foi corrupto! A desfaçatez com
que o faz é tal que me chega a causar náusea! Será que considera todo o povo
português estúpido? Será que conta com a simpatia dos seus concidadãos, na
medida em que acredita que qualquer um que estivesse no seu lugar faria o
mesmo?! Afinal, Oeiras elegeu o seu correligionário Isaltino! Ou será que a
tendência para a mentira compulsiva é tão incontrolável que recria uma
realidade paralela onde figura como o herói da história, homem de caráter e
absolutamente honesto, mas que todos tentam prejudicar, motivados pela inveja
do seu sucesso?
Talvez o ex-primeiro ministro tenha tido
a arrogância de acreditar que alcançou um patamar tão elevado que estaria acima
da lei!
Atira ufanamente que o ministério
público não consegue provar nada e quer-se fazer passar por vítima de um
qualquer poder obscuro! Essa justificação é bastante plausível, porque os
magistrados e os seus opositores políticos não têm mais nada que fazer do que
urdir uma teia para o apanhar! Quais tarântulas venenosas que tentam engolir o
indefeso inseto! É quase tão plausível quanto a justificação que arranjou para
a vida faustosa que levava e que um ordenado de um primeiro-ministro não seria
capaz de suportar. Nem com a ajuda da mãezinha! Já agora, faz todo o sentido
que o seu grande amigo lhe empreste o dinheiro que quer, sem se preocupar com a
sua devolução! Também ainda ninguém percebeu como esse amigo conseguiu ganhar
tanto dinheiro com as suas funções no grupo Lena, mas isso são meros detalhes,
certo? Estime-o bem, engenheiro Sócrates, porque amigos desses há poucos ou
nenhuns! Já deve ter reparado como todos os outros que anteriormente gravitavam
ao seu redor desapareceram! Ingratidão? Precaução? Medo? Desilusão? Porque
será?!
Compungido, o senhor reclama da falta de
isenção e do julgamento em praça pública, da ausência da presunção de
inocência, porém, de quem é a culpa, senhor engenheiro? À mulher de César não
lhe basta ser séria, tem de parecê-lo. O senhor, manifestamente, não o parece…
Nina M.
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