Às vezes está-me no
hábito
Apeteceres-me tão
intensamente
Que te farejo o
hálito
E te procuro
lentamente
Peço o teu aconchego
No silêncio da
palavra
Da memória que me
chega
Da longa ausência
forçada
Abraço apenas o ar
E beijo teu espectro
Anseio por tatear
Somente teu reflexo
E só, neste sentir
vão,
Vou-me perdendo
enfim
No enredo da paixão
Que te trouxe até
mim
Separaram-se os
amantes
Força da vida
madrasta
Sentirão sempre como
antes
Arrepios na alma
farta
Afagos em pensamento
Tornados reais desse
jeito
Sentidos num outro
tempo
Anseiam por ti no
leito
E como o sonho
termina
Envolta na deceção
Assim se queda a
menina
Num amor de
perdição!
Nina M.
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