Seguidores

sábado, 7 de julho de 2018

Pudesse eu…



Pudesse eu…

Congelar o tempo que não volta

Guardar eternamente esses segundos

Em que eu senti o teu respirar



Pudesse eu…

Sentir o teu aconchego ao relento

A chuva fria e fina que entra alma dentro

Mas que se acaba desmaiada em teu abraço…



Pudesse eu…

Acabar de vez com a solidão

Sentir pela última vez a tua mão

Afagar-me esta tristeza e não ser em vão



Pudesse eu…

Ser a síntese do passado, do presente e do futuro

Voz que se ergue e se ouve para lá do muro

Entrar e aninhar-me no teu coração



Pudesse eu…

Ter-te sempre mesmo ausente em qualquer parte

A tua voz e o teu calor em mim guardar-te

Como a um verso serenamente saber amar-te



Pudesse eu…




Sem comentários:

Enviar um comentário