Pudesse eu…
Congelar o tempo que não volta
Guardar eternamente esses segundos
Em que eu senti o teu respirar
Pudesse eu…
Sentir o teu aconchego ao relento
A chuva fria e fina que entra alma dentro
Mas que se acaba desmaiada em teu abraço…
Pudesse eu…
Acabar de vez com a solidão
Sentir pela última vez a tua mão
Afagar-me esta tristeza e não ser em vão
Pudesse eu…
Ser a síntese do passado, do presente e do futuro
Voz que se ergue e se ouve para lá do muro
Entrar e aninhar-me no teu coração
Pudesse eu…
Ter-te sempre mesmo ausente em qualquer parte
A tua voz e o teu calor em mim guardar-te
Como a um verso serenamente saber amar-te
Pudesse eu…
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