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quinta-feira, 19 de julho de 2018


Será canto de sereia
Que enreda o marinheiro
Preso à melodia do amor
E numa emoção pura
Segue-a firme num torpor
Mar dentro e sem temor 
Enredado em sua voz
Esquece que há vida feroz...
Ai! Pobre marinheiro...
Ouvem-se lamentos distantes
Surdo, segue como antes
E já no fundo do mar
Sem nada para ofertar
Só encontra a redenção
Não veio a morte nem grave pena
Do mito dos comuns mortais
Eram só eles os dois 
Unidos na mesma dor
E arrastados pelo mundo 
Renunciam ao amor
A sereia enganosa
Não matou seu coração
Mostrou-lhe apenas a vida
De poeta em expiação...





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