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sábado, 7 de julho de 2018

Não sei se chore ou se ria


Não sei se chore ou se ria
Se me liberte ou aprisione
Da estranha sensação
Que me esmaga e consome

Divido a meio a laranja
Vejo a parte podre e sã
Só não sei distinguir
Qual das duas a má

A menina persistente
faz a escolha inconsciente
Crédula e ingénua pensa
Na felicidade inexistente

Fio de luar perdido
Clarão nunca alcançado
Lembranças do vazio
Sonhos não realizados

Fazes-te linda mulher
Lua vestida de prata
Para enganar a solidão
Que lentamente te mata

Vês a aproximar-se o fim
Pensas no descanso eterno
Tua alma é assim
Desalento em pleno inverno.

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