Sei de ausências
Desconfortos e almas em chamas
Abandonadas e sós
A solidão é uma casa fria e húmida
Com bolor nas paredes
E frinchas desagradáveis nas janelas
É tristeza arrastada pelo vento
Que se infiltra sem que se queira
O desamparo de quem
Já não se reconhece inteiro
Neste silêncio doentio
O ser despovoado na ausência
Trespassado pela distância
A lembrar os lampiões tristes e sós
Das nossas ruas abandonadas
Murchas e pardas
Tão cinzentas como a alma
Nos dias de morrinha angustiada
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