Seguidores

quinta-feira, 18 de março de 2021

Sem alma e sem chão

Sem alma e sem chão

Cabeças que rolam pelo chão

São crianças inocentes

Ainda ausentes de razão

Cordeiros da Páscoa imolados

A lembrar a culpa e a crueldade

 Dos que deveriam sentir-se envergonhados

Desça sobre vós a ira do vosso Profeta

Ou deus menor deus das trevas ou anjo caído

Que se sacia com sangue inocente

Arda ele e todos vós nessa sua sarça ardente!

Renego todos os deuses da ira e da tirania

Renego-vos, malditos, e a vossa vida fria...

Se o vosso deus poupou Abraão

Porque quereis transformá-lo em vilão?

Porque não vejo sublevação... Ondas gigantes

Imparáveis de indignação?

Que era das trevas que Idade Média avança

Sem que se impeça a morte de uma criança?!

Que a terra que um dia vos há de dar a sepultura

Se fenda aos vossos pés e vos engula!

Vos leve para um buraco negro sem fundo

Longe bem longe para os confins do mundo!

Não regressareis 

Onde houver um Homem de boa vontade

Não caberá um asco de ser humano!

Morrei e morrei já, vândalos tiranos!

Ide ao encontro das vossas sete virgens celestiais

Tão bestas tão feras 

Não sabem que as doces virgens

Rejeitam os boçais!

Iludidos, toscos ignorantes sanguinários

 Estais ao serviço de mercenários!

Quem pudera arrancar de mim esta ira! 

Este duplo nojo que me atormenta!

Perdoai-me, Senhor, que me transformo

Na fera perdida que a Tua Mensagem afugenta...




Sem comentários:

Enviar um comentário