Sem alma e sem chão
Cabeças que rolam pelo chão
São crianças inocentes
Ainda ausentes de razão
Cordeiros da Páscoa imolados
A lembrar a culpa e a crueldade
Dos que deveriam sentir-se envergonhados
Desça sobre vós a ira do vosso Profeta
Ou deus menor deus das trevas ou anjo caído
Que se sacia com sangue inocente
Arda ele e todos vós nessa sua sarça ardente!
Renego todos os deuses da ira e da tirania
Renego-vos, malditos, e a vossa vida fria...
Se o vosso deus poupou Abraão
Porque quereis transformá-lo em vilão?
Porque não vejo sublevação... Ondas gigantes
Imparáveis de indignação?
Que era das trevas que Idade Média avança
Sem que se impeça a morte de uma criança?!
Que a terra que um dia vos há de dar a sepultura
Se fenda aos vossos pés e vos engula!
Vos leve para um buraco negro sem fundo
Longe bem longe para os confins do mundo!
Não regressareis
Onde houver um Homem de boa vontade
Não caberá um asco de ser humano!
Morrei e morrei já, vândalos tiranos!
Ide ao encontro das vossas sete virgens celestiais
Tão bestas tão feras
Não sabem que as doces virgens
Rejeitam os boçais!
Iludidos, toscos ignorantes sanguinários
Estais ao serviço de mercenários!
Quem pudera arrancar de mim esta ira!
Este duplo nojo que me atormenta!
Perdoai-me, Senhor, que me transformo
Na fera perdida que a Tua Mensagem afugenta...
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