Mau Tempo no Canal
Não irei abordar criticamente a obra
de Vitorino Nemésio, que originou o subtítulo da crónica. Aliás, hoje, estive
prestes a declarar luto e a anunciar que a crónica suspendia funções e
regressaria no próximo fim de semana. Impediu-me o respeito por quem me
acompanha, até porque pertencem a variados setores clubísticos.
Se já custa perder em qualquer
circunstância, em casa, contra o rival mais “tinhoso” deste universo, custa
muito mais. Eu já nem me lembrava de como era! E preferia ter permanecido
amnésica, infelizmente, ditou a sorte (hoje maldita!) que assim não fosse…
De maneira que à falta de vontade
para fazer o que quer que seja, alia-se a má disposição que contamina tudo e
impede que as coisas saiam perfeitas.
Felizmente,
já tinha as moelas e as bifanas preparadas, caso contrário, os convivas de
amanhã iriam estranhar a perda súbita de mão, e perguntar o que se tinha
passado. Irão fazê-lo com a bola de carne que não é o que deveria ser… O melhor
foi parar com os cozinhados e sentar-me ao computador.
Como
se vê, também a crónica não será nada de especial nem apresentará qualquer
reflexão de fundo. Apenas o dissabor de uma derrota possível, mas imprevista e
que custará a engolir. Também se dispensam as piadas habituais da azia e do
rennie, porque, para além de muito gastas, nem uma caixa inteira resolveria o problema…
Há que dar tempo para se digerir o infortúnio…
Aos
jogadores do meu imenso e sempre enorme Futebol Clube do Porto, grata pela
entrega. Lembrar apenas que nessa casa engole-se a derrota e a frustração e nunca
se deita a toalha ao chão, enquanto for matematicamente possível e houver
pontos em disputa. Ficou muito mais difícil é certo, mas se fosse fácil, não
seria tarefa para dragões! Há muito ainda pelo que trabalhar. Até ao fim,
porque somos Porto!
Quanto
aos adversários, parabéns pelos pontos conquistados, que foi a única coisa
ganha até ao momento. Desejo um bom regresso ao local de origem e aguardo,
naturalmente, que as coisas vos corram bem mal um dia destes. Nada pessoal, meramente
questão de gosto. É que no futebol não consigo simpatizar com equipas que vestem
de vermelho! É, na realidade, uma imagem Dantesca e a acreditar que o inferno possa
existir, só me lembro que tenho de ser mesmo boa pessoa para que um dia não tenha
que levar com o Belzebu e os seus acólitos avermelhados! Cruzes canhoto! Deus me
livre! Também não insistam com o encarnado, porque cá em cima essa cor nem existe!
Depois
disto, resta-me desopilar, arranjar algo que sirva de sedativo, porque amanhã será
outro dia!
Saudações
portistas.
Nina
M.
Sem comentários:
Enviar um comentário