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sábado, 2 de março de 2019

Minha velha amiga,

Minha velha amiga,
Tardaste tanto!
Refúgio de saudade escondida!
Quis falar-te assim baixinho
Suavemente...devagarinho
Para o coração embalar
Fingi que nem estava triste
Talvez, por isso, não ouviste
O meu profundo respirar...
De onde vem a dor e a mágoa?
De tão longe chega a frágoa!
Não consigo imaginar...
Forja-a a martelo e a cinzel
Embeleza-a com tons pastel
Deixa que saiba a choro sob o luar...
Escuta a triste litania
Como bela melodia
Que acompanha o respirar
Nesse compasso terno e lento
O ser ganha novo alento
Para novo madrugar...
Angústia cristalina e pura
Só em ti me quedo segura
Queres-me bem. Não censuras.
Cumpres a tua missão
Dás-me papel e a mão
E num gesto absorto
Solfejas canto meio morto
Somente alma e expiação.

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