Apenas quem desconhece Calíope
Ou quem nunca ouviu o seu filho Orfeu
Poderá duvidar do amor de Liríope
Que ao mundo o seu belo Narciso deu
És tu, poesia, bela Dulcineia
Donzela do romance de Quixote
O sangue que circula em tua veia
Não pode ao teu canto fazer boicote
É para ti este meu doce canto
De saudade, dor e melancolia
Não sei se as palavras te causam espanto
Sei que as dou ao vento em chama e harmonia
Ainda que lhes saiba o seu encanto
Namoro-as só em hora fugidia
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