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quinta-feira, 6 de maio de 2021

A Saramago e Pilar

O amor desagua onde nasce

No mesmo peito que o germina

Vejo o meu em tua face

Retorna sempre à alma digna


Se antes de ser já o era

Abre-se súbito em linda flor

Ao romper a primavera

Dá-se o encontro. É amor.


Haja o sol, haja a lua

Outros olhos de luar

Dádiva serena e pura

O amor que se quer dar


Se bem se repara nele

Regressa aonde nasceu

À alma de quem o sabe: aquele 

Que  nunca o perdeu


O amor desagua onde nasce

Em Blimunda e Baltasar

Era já sem ser sabido

 De Saramago e de Pilar













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