O amor desagua onde nasce
No mesmo peito que o germina
Vejo o meu em tua face
Retorna sempre à alma digna
Se antes de ser já o era
Abre-se súbito em linda flor
Ao romper a primavera
Dá-se o encontro. É amor.
Haja o sol, haja a lua
Outros olhos de luar
Dádiva serena e pura
O amor que se quer dar
Se bem se repara nele
Regressa aonde nasceu
À alma de quem o sabe: aquele
Que nunca o perdeu
O amor desagua onde nasce
Em Blimunda e Baltasar
Era já sem ser sabido
De Saramago e de Pilar
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