Algures entre a realidade e o sonho
A meio caminho da transcendência
Agitam-se bandeiras brancas de rendição
Deposito o meu coração em tuas mãos
Cofre sagrado que não profanas
Pulsar de vida
Como a brisa leve quando me ausento
Deixo para trás breve lamento
E já em serena despedida
Não cruzo as mãos sobre o peito
Rejeito a tradição por despeito
E no entanto enquanto viva
Não me via desesperada
Apesar da certeza de não ser nada
Da futura ausência da carne e dos ossos
Dos meus pensamentos que são palavras
Assim mortas, perdidas e vagas
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