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sábado, 7 de novembro de 2020

Embriaguez

Poder saciar o desejo no teu corpo

Cinzelar a pele o meu barro a gosto

Despudoradamente livre e sã

Fazer nova vida novo amanhã 

Morrer depois do amor

No teu abraço 

Morreres-me de paixão 

Em mim e de cansaço 

Lava ardente que nos una

A verdade da essência nos consuma

Eu nos teus olhos veja o desejo crescer

Tu nos meus saibas o suave renascer

Nessa dádiva divina e secreta

Um fogo que se alastra pela sesta

Abraçados um no outro a mesma sina

Destinados à eternidade

Profecia sibilina

O universo é meu e teu

 Vida que se não perdeu  

No meio da neblina






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