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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Noivado

Era assim num dia como o desta noite

Ou o dia como o deste dia 

De céu limpo e luminoso

De azul celeste tão belo

Sem novelos de algodão

Que sonhei que me pegaste na mão

E a levaste aos lábios num ósculo

Comprometido

Gesto tão antigo para gente tão de agora!

E sorrias enquanto ma guardavas na algibeira

- Gosto das tuas mãos pequenas, delicadas e suaves

Repetes sem cessar...

(E não as julgo perfeitamente belas

Talvez sejam perfeitas de tanta imperfeição)

Na esperança de não veres a esperança desfeita

Fitas-me seriamente sem revelar medo de se quebrar a ilusão

(Ou eu não soube ler os sinais e os teus olhos enganaram-me)

E era quase certo o sim que esperavas de mim

(Mas no amor e na dor nunca se sabe bem ... )

E sem mais nada... Sem cerimónias ou preces

Tomaste-me a alma por palavras de presente

Que garantes guardar eternamente

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