Era assim num dia como o desta noite
Ou o dia como o deste dia
De céu limpo e luminoso
De azul celeste tão belo
Sem novelos de algodão
Que sonhei que me pegaste na mão
E a levaste aos lábios num ósculo
Comprometido
Gesto tão antigo para gente tão de agora!
E sorrias enquanto ma guardavas na algibeira
- Gosto das tuas mãos pequenas, delicadas e suaves
Repetes sem cessar...
(E não as julgo perfeitamente belas
Talvez sejam perfeitas de tanta imperfeição)
Na esperança de não veres a esperança desfeita
Fitas-me seriamente sem revelar medo de se quebrar a ilusão
(Ou eu não soube ler os sinais e os teus olhos enganaram-me)
E era quase certo o sim que esperavas de mim
(Mas no amor e na dor nunca se sabe bem ... )
E sem mais nada... Sem cerimónias ou preces
Tomaste-me a alma por palavras de presente
Que garantes guardar eternamente
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