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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Sei

 Sei
Vejo os sinais ao longe
Repudio a ansiedade mártir
Fecho a concha sobre o meu mundo
Um vácuo de estômago
Expurga os silêncios amargos sepultados
Palavras roxas de frio e pálidas de morte
Silenciadas. Perderam o seu instante.
Porém, a memória, essa velha luxúria,
Sabe guardá-las e ao seu sabor...
Preenchem o tempo e validam-no
Fazem-no vida e sentido em mim
Ser de esperança desfeita
Átomo de ilusões puras
Longínquas e sós

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