Seguidores

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Fim

Se porventura, amor,
A vida me fugir cedo
(Sempre é cedo e inoportuno...)
Nada de mim guardes
O sorriso
O olhar
O meu alheamento
Tão pouco a saudade!
Os meus melhores versos somente...
Talvez os possas lançar à terra
E serem boa semente...
Se porventura, amor,
A senilidade vier bruta
Antes do fim da carcaça
Podre e engelhada
Sabe que não mais serei eu
Não me procures o olhar
Só encontrarás o vazio
Alma ausente dispersa e perdida
Sem alegria nem angústia
Sem felicidade nem dor
Só o exílio do Nada!
Então, saberás o meu fim.




Sem comentários:

Enviar um comentário