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domingo, 12 de julho de 2020

Corgo

Longe do ruído e do mundo
Aves e correnteza
Pedaço de céu ornado de verde
Sinfonia de sons imaculados
Embalam os sentidos
Tudo me transporta a um mundo recôndito
Raro e quase só meu
Melros, pardais e lontras
Pedras polidas e gastas
Moldam-se e acolhem os corpos nus
Qual ventre materno da criação
Paraíso perdido para anjos caídos
Que na descida íngreme da vida
Se consolam nos silêncios guardados
Onde ouvem o palpitar do coração
Nesse instante de quase perfeição
Poder-se-ia deixar o rio levar a vida
E ser feliz


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