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sábado, 21 de setembro de 2019

Sob os pés, a cidade adormecida

Sob os pés, a cidade adormecida
Silêncio quase absoluto
Ao longe, latidos pungentes
Dormem os ciganos
Vagueia o ser
A luz pálida dos candeeiros
Ilumina os passos
Nada cerceia a liberdade de ser
Só. Como no nascimento e na morte
Extremos que se tocam na solidão
Espelhos de água imóvel
Marulhar suave e delicado
Eis que surge a alma alva e límpida
Na madrugada muda
Vê-se uma ou outra janela iluminada
Prenúncio da manhã que se avizinha
Trará consigo o enfermo ruído dos dias

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