É para vós, ó deuses, este meu canto!
Donos do amor sublime e imortal
Mesmo invadido pelo desencanto
Afasta a alma de todo o mal
Trouxe-mo a vida
Ou vós, ó deuses, na vossa infinita ironia...
Deleitais-vos no Olimpo
Ao ver o humano perder-se na cobardia
Castigo máximo pelo atrevimento supremo
De desejar o que é do alto
Aquele que é absolutamente terreno!
Sugerem-no amiúde e em hora tardia
Fora do tempo e das suas convenções
Ainda assim preenche a vida com harmonia
Alimento da alma com as suas aspirações
E vós, deuses, no regozijo da tirania
Haveis de perder a vossa altivez
Sabereis que alguns espécimes da raça humana
Se igualam na alma a quem os fez!
Ao barro dão vida e ao sopro que os inspirou
Desafiam as leis do tempo
Impostas por quem os criou
E nessa dimensão nova
Ausente de passado, de presente e de futuro
Vive o amor que se renova
Apesar do vosso esconjuro!
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