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segunda-feira, 1 de julho de 2019

Infância

Quanto vale uma infância perdida
Abandonada no fundo de um baú?
Maltratada, espezinhada e ofendida
Crianças, futuros homens de espírito cru.

Às meninas ensinados os desejos masculinos
Precocemente transformadas em amantes
São meninas mães de outros meninos
Não terão a sua infância como antes.

Rapazes sadios e ternos
São instigados a odiar
Colocam-lhes armas nas mãos
Brinquedos não lhos podiam dar?!

Crianças bem pequenas exploradas
Só para terem o que comer
Ao jugo do adulto abandonadas
Pouco lhe importa se as faz sofrer.

Num mundo tão desgovernado
Impiedoso e que só quer milhões
São os infantes condenados
Vítimas de vendilhões.

Sempre que leio e vejo tal
A revolta é dura e crescente
Não admito a escravidão do meu igual
Recuso a tirania dessa gente

A indignação é grande
Tão feroz e tão urgente
Que a vontade não abrande
Seja o Homem diligente!

Acabe-se com os desmandos
de quem maltrata criança
Vileza de costumes brandos
Abre portas à matança

Não morre só quem perde a vida
Mas todo o que não a tem digna
E o que ofende fica em dívida
Não passa de erva maligna

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