Vou aninhar-me mansamente na escuridão
Cobrir-me da sua agonia
Deitar-me quieta nessa mansidão
Fazer dela lençol de poesia
Vem a noite breve e com ela a calma
Serve para embalar devagarinho a alma
Ao sabor da desejada melancolia
Hei de lembrar pois se sobra alento
Não serei vencida pelo triste lamento
Trarei de volta a efémera alegria
Andará comigo todo o dia
Se me encontro na minha perdição
E me vejo ao longe sem a tua mão
Sei que a vida cínica trouxe a nostalgia
Talvez a transforme como por magia
Um dia...
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