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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Viagem


Como uma frase inacabada
Escorre a vida à sua vontade
Escolha que se quis e se afastou
Verso meio escrito que nunca se amou
Raízes que o vendaval arrancou
Poeira arremessada ao mundo
Em grito de dor profundo
E nessa viagem longa e louca
Chegam de longe a voz de címbalos e cítaras
Entoando novo renascer sobre o que jaz morto
Consciência é sofrimento absorto
Lucidez, fio de navalha afiada
Frio intenso de geada
Homem!
Honra-te a loucura
Salva-te a coragem 
De seres quem és
Moral sem moral alheia
Traço indelével de verdade e de procura
Paraíso assente em infernos interiores
Feitos só de angústias e dores
Onde edificas o padrão de tua plenitude!
 

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