No limiar de um umbral
Guarnecido da luz da lua
Encostados um ao outro
O sonho de amor perdura
E num beijo que se rouba
E saboreia lentamente
As mãos afagam cabelos
Rendidos a um momento
Não há mundo ao redor
Nem ruído ou alienação
Apenas olham para o outro
Abraçados à paixão
De suas bocas sedentas
Sai um belo sorriso
Unem-se em novo beijo
Trémulos perdem o siso
E neste simples despertar
Que de um beijo desponta
Juram não se vão largar
Mesmo se a vida os desaponta
São assim os apaixonados
Julgam possuir a aurora
Dos enganos descuidados
Enlaçados como outrora
Do futuro nada sabem
E o passado pouco importa
Só o presente concebem
Na embriaguez absorta
Felizes nesta emoção
Prosseguem enamorados
Perdem sempre a razão
Na euforia encarcerados
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