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domingo, 26 de agosto de 2018

Crónica de Maus Costumes 95



Há rotinas que se falham nos fazem falta, mesmo estando de férias. Já em casa de férias, a repousar de visitas sucessivas esplendorosas, mas que também nos deixam cansados, só me ocorrem duas ideias: amanhã cedo tenho de ir correr e preciso, com urgência, de escrever, até porque na semana passada não me foi possível cumprir com o texto habitual. Uma semana ainda se aguenta, duas é demasiado!
Logicamente, que escrevo com o olhar encantado por esta pérola do Atlântico que proporciona paisagens de uma beleza celestial e que nos transcendem. Ainda há paraísos perdidos, quase intocados pela mão infeliz do Homem, que normalmente estraga mais do que o que arranja!
Perante cenários paradisíacos, sentimo-nos abandonados à nossa emoção com tanta beleza natural. O espanto toma conta de nós e sentimos a admiração e o êxtase a circularem-nos nas veias. Só somos capazes de balbuciar meia dúzia de palavras simplórias, deixando escapar apenas o comentário pueril e ingénuo “Tão lindo!”
Fecha-se os olhos e respira-se a beleza à espera que esta se entranhe na alma e não mais de lá saia. Talvez se virmos o mundo com estes olhos, ele se torne menos agressivo e violento, mais humano e conforme à racionalidade que todo o ser deveria possuir. A importância da beleza é essa. A transcendência. O desopilar do horror do mundo. Nunca existiu mundo sem horror nem sem beleza. Esta última, quiçá, não seja a única fórmula de tornar o mundo suportável ao olhar de todo o Homem consciente?!
Há verdadeiros horrores e catástrofes, mas também há belezas incomparáveis!
No meio da beleza incomparável da praia paradisíaca de Porto Santo, com as águas de três tonalidades diferentes, um verde-mar, um azul-turquesa, um azul profundo e uma areia dourada, aconteceu-me um feliz acaso da vida. Quis esta celebrar a amizade e permitir que o encontro com amigos que se querem bem, mas que se veem pouco, por força da distância, se desse. Assim, na mais perfeita ignorância sobre as férias uns dos outros, eis que nos descobrimos num paraíso perdido no meio do Atlântico!
Um imprevisto maravilhoso e belo, no seio de tanta beleza! Autêntico hino à amizade! Maravilhoso!
Maria do Carmo, Carlos, foi um verdadeiro prazer este achado inusitado! Continuação de boas férias e o próximo encontro, já apalavrado, ficará para terras continentais. Não tão belas, mas cheias de simpatia para vos acolher…
A magia do encontro no meio de tanta beleza!

Nina M.


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