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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Apeteces-me com violenta ternura

Apeteces-me com violenta ternura

Feita de violetas e girassóis

Desejo a tua carne ausente

Beijá-la sofregamente

Como quem morde a saudade


Saciar-me de ti ao limite

Para suprir a extrema falha

A tua alma em mim

Assim, despersonalizada,

Como fora de minha pertença

Porque o teu verso é a minha carne




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