Há um chocolate preto
Guardado pelo tempo
Vou mordiscando
Como quem poupa migalhas
Para que não se esgotem
São carícias a conta-gotas
Fragmentos de amor
Ingeridos com parcimónia
Sem perigo de indigestão
São pedaços de palavras
Que beijam e se desfazem na boca
A doçura exata que se derrete
E deixa desenhadas a castanho
as palavras contra a morte
Contra o absurdo
Num aviso indelével:
Amor... Precisa-se!
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