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sábado, 15 de fevereiro de 2020

Rio

O rio da alma grande
Corre entre vales profundos
Escondido em seus mistérios
Quer ocultá-los do mundo
É cioso da corrente
Que extravasa pela margem
Nem todos merecem tê-lo
Nem todos sabem da coragem
Há quem não goste quando vê
A corrente cristalina
Querem-na ferida de morte
Com o entulho maldade felina
Mas a corrente que tem vida
Contorna todos os obstáculos
Pedras, montes e pinheirais
É líquida toda esta vida
Perpassa como perdida
Não para nos umbrais
Para a reter só vivendo
Esgotando-a do que já foi
Só assim a renovando
Com o que se vai guardando
Antes agora e depois


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