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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Morte

A morte fria que teima
Em visitar cedo a gente
Que se afaste em agonia
Deixe viver o presente
Leve o Caronte a Hades
As almas cansadas da vida
Saiba respeitar aquelas
Que vivem cheias de fúria
As que sentem
As que dizem
Haver tanto por fazer...
Teima a foice gélida
Em ceifar sem razão
Colher sem eira nem beira
Queiram as almas ou não
Sob o manto escuro e dorido
Com que cobre o desalmado
Principiam prantos mudos
De quem não está preparado
De que adianta a revolta
Se a morte fez a sua escolha?
Não resolve nem evita
A rigidez eterna maldita
Mas se me vem antes do tempo
Renuncio veemente a desdita!



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