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domingo, 20 de outubro de 2019

Hoje afasto o sonho

Hoje afasto o sonho
Quimera longínqua 
Sou tristeza enraizada
Sinfonia triste amargurada
O azul do céu espreitou
Só para me fazer sorrir
E entre as nuvens me mostrou
Estranheza pela angústia sentir
- És sol e abóbada celeste
Queria que acreditasse
Mas se o dia é agreste...
- O céu limpo faz milagres!
Não retira a poeira 
Em que se tornarão os ossos
Nem a carne nua e fria
Debaixo da sepultura escura
O que sobrará no tempo infindo?
O nada em que me tornei...
A possibilidade que não fui...
A memória gasta e escassa de alguém...
E entre o dia em que se nasce
E o dia em que se parte
Sobram dias de ninguém.
- Olha a tua obra, dizem.
Não sei se vale um vintém
Nem almejo imortalidade
Essa vinga nos genes que ficam
Quero só a paz serena de alma
Saciada!
Ou morrerei assim... Sempre
Sempre inconformada!

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