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sábado, 12 de outubro de 2019

Delírio de poeta

Ser poeta é também saber dizer o que não sente
Dizer uma verdade como quem mente
E olhar-se só na sua crua nudez
Rasguem esses versos tristes
Apaguem a alma de quem os fez
Só trazem angústias as suas palavras
Dores e cinismos enrubescem a tez
Pesar de todos, de quem os lê!
Espíritos doentios e insanos
Atirem ao vento as folhas escritas
De palavras vãs, ilusórias e malditas
Abençoados poetas, boas almas proscritas
Que trazem à luz a mórbida podridão
Perdida algures, escondida talvez no coração

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