Um dia falarei de rosas brancas
Que guardarei no meu regaço
Quem sabe em janeiro
No mês frio e sem rosas
Quem sabe em janeiro
No inverno da vida
Num tempo futuro de velhice
Segurá-las-ei nas mãos
Ósseas e descarnadas
Despidas já de beleza
Quem sabe
No olhar o verde se esmaeça
Por saber que se despede do mundo
E se nesse tempo vindouro
Ainda houver lembrança do que já foi
E no fundo do meus olhos
Ainda vires a beleza de sempre
Poderás, sem medo, falar-me de amor
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