Molho-me de vez em quando
Em terra abençoada
É a chuva que penetra
Em solo fértil que é nada
Em terra abençoada
É a chuva que penetra
Em solo fértil que é nada
Nas poças de água sem fundo
Mexidas do gotejar
Vejo-me distante do mundo
Sou só a alma a latejar
Mexidas do gotejar
Vejo-me distante do mundo
Sou só a alma a latejar
Nesta vida tão terrena
Tão concreta e definida
Perco-me nos charcos de água
Poças a que chamam vida
E de tanto me perder
Em abismos sepulcrais
Deixo de saber viver
Assim como os demais
Num ato de fé convicto
Guiado pelo instinto
Faço do Amor um rito
Creio só no que eu sinto
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