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quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Biografia

Molho-me de vez em quando
Em terra abençoada 
É a chuva que penetra
Em solo fértil que é nada

Nas poças de água sem fundo
Mexidas do gotejar
Vejo-me distante do mundo 
Sou só a alma a latejar

Nesta vida tão terrena
Tão concreta e definida
Perco-me nos charcos de água 
Poças a que chamam vida

E de tanto me perder
Em abismos sepulcrais
Deixo de saber viver
Assim como os demais

Num ato de fé convicto
Guiado pelo instinto
Faço do Amor um rito
Creio só no que eu sinto






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