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sexta-feira, 16 de abril de 2021

Mil poesias me habitam

 Mil poesias me habitam

 Num excesso louco de ser

De mim se rasgam

E brotam em verso

Pingam as sílabas

Pensamento disperso

Sangue jorrado em  êxtase

Espanto por ser real

A palavra que não se silencia

Procura a denúncia do mal

Catarse de uma vida que angustia

Ao ver o crime de Caim repetido

É  humanidade em demasia

Que profana sem cessar

O Santo Graal

Que divindade porá fim à heresia

De ver um homem o seu semelhante

Ultrajar?



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