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segunda-feira, 12 de abril de 2021

Liberdade condicionada

 Sou livre

 Entre mim e o meu íntimo

Apenas se interpõe o outro

Cujo sangue me recuso a verter

Fui ensinada assim

E nesta consciência dolorosa

Ou dádiva disfarçada de cobardia

- Conservadorismo que condena o eu -

Entre sofrer uma injustiça ou praticá-la

É melhor sofrê-la - Diz Sócrates (o verdadeiro)

Corroborou mais tarde Cristo

E eu filha dessa cepa ancestral

Acredito

Verto o meu sangue não o alheio

O sangue do outro tem de importar

Memoro o poeta sentado no banco 

De permeio

Mesmo por baixo da esperança

Haveria de se matar

O génio que é um santo

Com dois tiros certeiros

Por ver morrer o Ideal

Pela morte se fez libertar

Mors liberatrix!

Houvesse mais Antero

Esse Ideário nobre

Talvez Portugal não fosse 

este famigerado opróbrio

Eterno Descanso se quer

Na mão direita de Deus.







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