Sentir-se uma alma velha
Não das que lastima a perda do fulgor da juventude
Mas antes se reconhece em cada sulco do seu rosto
(Memórias cinzeladas pelo tempo)
Onde em cada veia roxeada, rego profundo
Cavado à enxada pela vida,
Se desenha uma história desmedida
De desencontros e de encontros
Tão absolutamente perfeitos
Esses serão para sempre a duração
A alma e a essência mais pura do ser
Resguardado do ruído do mundo
O seu frontispício e o seu reverso
A síntese do seu tudo e do seu nada
Duração inexorável
Memória e absolvição
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