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sábado, 31 de outubro de 2020

Sentir-se uma alma velha

 Sentir-se uma alma velha 

 Não das que lastima a perda do fulgor da juventude

Mas antes se reconhece em cada sulco do seu rosto 

(Memórias cinzeladas pelo tempo)                                                                       

Onde em cada veia roxeada, rego profundo

Cavado à enxada pela vida,

Se desenha uma história desmedida

De desencontros e de encontros

Tão absolutamente perfeitos

Esses serão para sempre a duração

A alma e a essência mais pura do ser

Resguardado do ruído do mundo

O seu frontispício e o seu reverso

A síntese do seu tudo e do seu nada

Duração inexorável 

Memória e absolvição





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