Aqueles que não calam
Por dizer não à podridão
São as paredes caiadas
Dos versos de Sophia
Os que não sepultam a revolta
E desafiam
Abrem ingenuamente
O peito às sucessivas cobardias
Homens permanecem de pé
Intacta a dignidade
Mordiscada a alma
E revolto o ser
Contorcem-se as entranhas
Saberá o mundo
De que túmulos de vergonhosos silêncios
São feitos a hipocrisia?
Terra raivosa de nojo
As raízes profundas
Alimentam-se de ética
A sua seiva
Esperança da humanidade
Podre infecunda
Estéril nauseabunda
Urge um novo amanhã
O hoje já é morto
Cai a noite e nada seduz
É chegada a hora
De ver renascer o Homem
Iluminado pela luz
De cada nova aurora
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