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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Cai sobre a noite a melancolia

Cai sobre a noite a melancolia
Repousa serenamente no seu colo
Saudade feita poesia
Frágil e belo reflete o cristal
Memórias felizes em agonia
Angústia triste e letal
Teima em abalar o triste dia
Comporta a grande dor do mundo
Esfumou-se a euforia
Se eu pudesse sepultá-la
Num vazio magistral
No templo do esquecimento remoto
Talvez a nostalgia tivesse fim
Se para ela houvesse
Mágico veneno à alegria devoto
Bebê-lo-ia de um trago áspero e seco
Mataria os lugares de meu luto
Sem saber se me absolvo ou se peco
Em ânsia de sublimação pura
Rasgue-se ao meio esta amargura
Sedimento de alma extenuada
Vazia de tudo e cheia de nada

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