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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Niilismo

O nada que se julga ser
E se recusa por vontade de viver
Não é nada enquanto existe
E cria e sente e se dá
Nada que se reconhece naquele e no outro
E  se reinventa triste
Por trazer a saudade ao peito
Amor intemporal por herança
Desde cedo, desde criança
Teima e persiste
É já luta perdida
Frágil, trémula, cintilante luz
Ocupa o ser sua cruz
Excedente de ser vida desmedida
Alma íngreme espírito alado
Cumpre-se na imaginação
De um quase desejado
De um quase almejado
De um quase tudo que enjeita o nada

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