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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Terra de ninguém

A fome e o cansaço  
A angústia e o desespero
A água com sal em copo baço
Um sorriso em olhos tristes
Em equilíbrio sobre escombros

Ao longe o deserto a aridez e a poeira
Sonho longínquo de mar aberto
De rotas de viagens e descobertas
Apenas alegria sepultada

Sempre amanhece e sempre anoitece
Ergue-se o sol e deita-se a lua
O dia entra na noite
Como quem entrega a alma
Depois da perda

As fontes secam
E a água cristalina é miragem
Quem ouvirá o choro e acudirá?
Quem te lancará a mão 
Terra de ninguém?

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