Veio a noite
Cobriu-me o véu de inverno
A gelar os ossos
A quebrar as esquinas da alma
[A vida é sempre a perder]
Ecoa o homem do leme
Cobriu-me o véu de inverno
A gelar os ossos
A quebrar as esquinas da alma
[A vida é sempre a perder]
Ecoa o homem do leme
Veio o vento de madrugada
A revoar os recantos do coração
Sobram detritos nas veias
Sangue contaminado - aflição
[A vida é sempre a perder]
Ecoa o homem do leme
Veio a chuva com ímpeto
Fustigar as vidraças
Olhos inundados torrente sobre a face
Naúfrago sôfrego de vida
[A vida é sempre a perder]
Ecoa o homem do leme
E no meio da tormenta
Da procela inusitada
Há sempre um raio de luz
A iluminar a estrada
[A vida é sempre a perder]
Ecoa o homem do leme
A vida é todos os dias
O destino é viver...
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