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domingo, 16 de junho de 2024

Trazes a luz de uma
Razão analítica
O peso do mergulho
De quem em si se adentra
Na eliminação de resquícios
De uma má-fé protetora.
Não é necessário.
Reconheço-a
Mesmo se a calo
Por ser um ser de silêncios...
De fragilidades não expostas
O que salva também condena
Faço parênteses na interioridade
Se me cansar
Uso os devaneios a meu favor
Como droga que alivia
Sem roubar a essência
Olho os pés
Sapatos vermelhos de salto
Subcamadas de verniz indecifráveis
A olhos alheios. Está bem assim.
O mundo é feito de máscaras
De tirar e de pôr
Num baile incessante
Com coreografias prontas.
Sempre há de haver quem
Não goste de dançar
Quem não queira
o desgaste que o corropio
Impõe
Quem se afaste de multidões
Por não suportar o ruído
Quem opte por beber mundo
Com pequenos tragos
Para não se engasgar
Na esperança de nunca se inebriar
Com ilusões desalentadas



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