Seguidores

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Doze passas

 Ano velho que acabas
Em pandemia e solidão
Não repitas a receita
Deixa respirar a emoção
A renovação de ano
Exige a presença da esperança
A cura da fome e da sede
O resguardo da criança

Ano velho que acabas
Em sinal de desgraça
Permite a paz e a justiça
Ao virar de cada esquina
Sem mentiras nem ódios
A fraternidade benigna
Afasta a usura rapace
Que a todos contamina

Ano velho que acabas
Sem lista de intenções
Porque sempre o Homem erra
Falha nas suas ações
Só lhe interessa o mercado
O poder e o dinheiro
Para alguns irem a Marte
E o pobre fique prisioneiro

Ano velho que acabas
E renasces sempre igual
Sempre com a mesma injustiça
Por todo o lado se vê o mal
Para quando  a eterna luz
Da evidência que a paz seria
Para quando o Amor
Adiado em cada dia?

Ano velho que acabas
E recomeças sempre igual
Deixa o sonho que matas
Deixa a esperança divinal







Sem comentários:

Enviar um comentário