Talvez amanhã
Quando vier a hora
Da despedida do mundo
Possa ceder ao cinismo
Dizer que a vida
É sopro com sabor a fel
E o homem lobo do homem
Faminto de sangue e de desgraça
Talvez amanhã
Quando vier a hora
De fechar os olhos
E do sono profundo
Me sobres na memória
As carícias e os beijos
De um tempo são
Num mundo cruel
Talvez amanhã
Quando chegar o dia
Do juízo final
Em minha defesa
Diga que amei afinal
A vida e o homem
Num tempo insano
Num mundo doente
Talvez amanhã
Em legítima defesa
Sobeje apenas Amor
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