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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Despedida

 Não faço despedidas impossíveis

 Se sei que o meu tempo é sem medida

 Se para mim soa sempre a eternidade

 A tua repetida despedida 


 E a tua voz sempre será minha

 O nácar da tua pele o meu sol poente

 O amor que sempre soube que te tinha

 Será sempre a nossa emoção ardente


 Não faço despedidas improváveis

 Soariam a falsas ao primeiro recordar-te

 As dores que já foram tuas e também minhas

 Acalmam se me repouso a lembrar-te


Se esse amor sabe a muito ou sabe a pouco

Não o saberia medir dessa maneira

É da dimensão deste meu sonho louco

Da mania de querer a terra inteira


Morreria em mim se almejasse outro

Se apagasse a lava da minha alma

Ainda assim em mim se quedaria

A eterna despedida que não queria


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