Seguidores

sábado, 13 de junho de 2020

Crónica de Maus Costumes 186


Aniversário

            Fim de dia feliz e cansativo. Veio o repouso desintoxicante após a azáfama, a correria dos pequenos e a alegria contagiante do aniversariante mais novo, o meu filho, que começa a colecionar os seus bocadinhos de alma que carregará consigo para sempre.
            O dia do seu décimo terceiro aniversário serviu para lhe contar o segredo da vida, que aprendi com o Mário Sérgio Cortella e que me pareceu uma metáfora tão elucidativa, que decidi replicar nos meus filhos. Quando a Matilde fizer o seu 13º aniversário, terá acesso ao segredo também. Até lá esperará e quando atingir essa idade, sentir-se-á mais crescida por lhe ser confiado um segredo que, diz a mãe, é a chave para uma vida mais equilibrada e quem sabe feliz…
            Os dias de casa cheia com os que amamos e que partilham histórias comuns de um passado já algo distante, mas também do presente, por fazerem parte da nossa vida são sempre agradáveis, alegres e surpreendentes. Há sempre novos acontecimentos a recordar ou novas histórias a partilhar e a leveza boa da cumplicidade domina a atmosfera, por entre risos espontâneos e cristalinos. Assim, tive mais perto, hoje, os meus familiares mais próximos. Faltou gente que costuma estar presente devido aos cuidados que devemos continuar a pôr em prática, mas marcaram a sua presença de outra forma.
            Deixo um enorme agradecimento a todos os que perderam um bocadinho do seu tempo para nos felicitar (a mim e ao Rodrigo). Tentei responder a todos, com um simples obrigada ou um “gosto”. Desculpai se me falhou alguém, mas o dia atarefado justifica-o.
Dizer-vos que sentir o vosso carinho tornou o meu dia melhor. Confessar que num caso ou outro me emocionei. Há gente de quem gosto verdadeiramente que não puderam estar fisicamente presentes, mas que senti como se estivessem ao meu lado a partilhar da minha alegria. Gente que nalguns casos não vejo há anos, mas com quem já partilhei outros aniversários distantes. Almas que me fizeram chegar a sua simpatia e o seu carinho, que me fizeram sentir que gostam um bocadinho de mim e que tornaram o meu dia mais feliz. Almas que cruzaram com a minha em algum momento da vida, que apesar da distância geográfica e temporal, continuam presentes. São duração, porque tive o privilégio de ser tocada por todos vós, de viver em muitos casos momentos inesquecíveis e de partilhar uma memória convosco. As vossas palavras ajudam-me a recordar-vos uma e outra vez e a cada recordação é um voltar ao coração, o lugar predileto onde vos guardo preciosamente. E assim vos perpetuo e vos torno presentes em mim, sem longes ou impossíveis.
A todos agradeço as palavras amáveis, ternas e delicadas. Obrigada.
Nina M.

           




Sem comentários:

Enviar um comentário